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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Bolinha de papel

Quando mais jovem, por causa de meu caráter impulsivo, tinha raiva e na menor provocação, explodia magoando meus amigos.

Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes me sentia envergonhado e me esforçava por consolar a quem tinha magoado.


Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas depois de uma explosão de raiva, e me entregou uma folha de papel lisa e dizendo: Amasse-a!


Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha.


Agora – voltou a dizer-me, deixe-a como estava antes.


É óbvio que não pude deixa-la como antes. Por mais que tentei, o papel ficou cheio de dobras.


Então, disse-me o professor:


O coração das pessoas é como esse papel... a impressão que neles deixamos será


tão difícil de apagar como esses amassados.


Assim aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente.


Quando sinto vontade de estourar, lembro deste papel amassado.


A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar.


Quando magoamos com nossas ações ou com nossas palavras, logo queremos consertar o erro, mas muitas vezes é tarde demais.


Alguém disse, certa vez:


"Fale quando tuas palavras sejam tão suaves como o silêncio".


(Manuella Coelho)

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