Faça um orçamento detalhado com custos como aluguel, água e luz e saiba se você pode arcar com eles
Por Gisele Macedo Sá
O economista e professor da IBE/FGV, Paulo Grandi, explica que o primeiro passo antes de ir morar sozinho é se organizar financeiramente e saber se existe verba para arcar com os custos. “Faça uma lista de gastos tais como, aluguel, conta de água, luz, transporte, alimentação e outros. Por fim verifique se você tem a renda suficiente para cobrir estas contas”, explica o especialista.
Ele alerta que a pessoa precisa ter estabilidade com esta renda. “Evite tomar esta decisão quando você não estiver seguro no trabalho ou está há pouco tempo na empresa”, avisa Grandi.
Não se esqueça de incluir no orçamento gastos menores do dia a dia e também seus gastos pessoas de costume, como lazer e educação. Se necessário, faça uma revisão do seu orçamento pessoal e readéque valores.
É preciso também ter uma reserva para a compra dos móveis da casa. Tente não entrar nessa nova etapa com dívidas ou parcelamentos para o futuro, então se planeje e faça muita pesquisa de preço para mobiliar o imóvel. Lembre-se, quem paga à vista garante mais desconto nas compras. Caso tenha que optar por financiamentos, inclua os valores no orçamento e verifique mais uma vez se pode arcar com os custos.
Outra forma de sair da casa dos pais é dividir um espaço – casa ou apartamento – com um amigo. Esta decisão diminui drasticamente os custos, mas é preciso ficar atento. “Verifique se a pessoa com quem você dividirá as despesas tem condições para assumir a parte dela, pois se ela não honrar sua parte, você terá que arcar com mais dinheiro do que planejou”, alerta o professor.
Outro cuidado que se deve tomar é quanto à afinidade com o outro morador. Muitas vezes os dois podem ter problemas de relacionamento que não consigam resolver e, desta forma, prejudicar a parceria. E de quebra perder um amigo e ganhar uma dor de cabeça.
Quanto à escolha do imóvel é preciso avaliar cada caso. Muitas vezes pagar aluguel pode ser mais vantajoso do que optar por um financiamento, que geralmente é longo, com prazos de 20 a 30 anos.
Planejar é a palavra chave. Com um bom planejamento você certamente alcançará seu objetivo de morar sozinha mais rápido. “No mais, controle seu orçamento e não gaste mais do que ganha. Reserve uma parte dos rendimentos para cobrir as despesas em caso de emergências e também faça investimentos”, finaliza o professor.
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