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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Mania de limpeza pode ser doença?


É saudável querer manter a casa limpa, mas quando a preocupação se torna excessiva, pode prejudicar a qualidade de vida da pessoa

Por Deborah Busko
 

Quem se dedica ao lar sabe que manter a casa limpa e organizada é uma tarefa trabalhosa, porém necessária. No entanto, essas mesmas preocupações com as tarefas domésticas podem se tornar excessivas quando repetidas inúmeras vezes em um curto espaço de tempo e quando acompanhadas de grande aflição. Então quais são os limites para que a mania de limpeza possa ser ou não considerada saudável?
Quando a relação da pessoa com a limpeza ou sujeira é algo que provoca angústia, consome tempo ou interfere de maneira significativa nas tarefas cotidianas e na vida social da pessoa, pode indicar a manifestação de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).
O TOC é uma doença mental crônica caracterizada por alterações comportamentais e que se manifesta sob a forma de obsessões e compulsões. Embora a pessoa os reconheça que essas obsessões e preocupações excessivas quanto à limpeza sejam pensamentos, ideias e impulsos que são frutos da sua própria mente, não consegue se livrar deles.
Geralmente, esses pensamentos são acompanhados de ansiedade e desconfortos levam a comportamentos repetitivos e intencionais, realizados para reduzir a aflição.
A pessoa sente que precisa limpar o chão da casa novamente, senão algo ruim pode lhe acontecer, por exemplo. Um outro exemplo são as dúvidas ou verificações, que levam a pessoa a lavar várias vezes a mesma peça de roupa por achar que ela ainda não está limpa o suficiente.
A mania de limpeza é uma das que mais afetam o relacionamento familiar. Muitas mulheres acabam gastando boa parte do seu tempo deixando portas e janelas impecáveis, lavando o chão, tirando o pó, lustrando os móveis, sem se dar conta de que, ao mesmo tempo, estão perdendo o controle de suas vidas.
Atitudes como fazer a limpeza em locais ou objetos que já estão limpos, refazer o serviço da faxineira por achar que ela não o fez como deveria, lavar as mãos a todo o momento, pedir para as pessoas tirarem os sapatos antes de entrar em casa são apenas alguns dos sinais deste transtorno. Porém, a lista de manias relacionadas à contaminação e limpeza é imensa.
Embora o TOC seja uma doença crônica, o acompanhamento com um psiquiatra ou psicólogo é essencial para ajudar a melhorar bastante a qualidade de vida da pessoa, controlando ou até mesmo curando o transtorno.

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